Cada um de nós tem na lembrança
A doce infância para recordar
Na adolescência retalhos de amor
Que no passar do tempo chega a desbotar
Mas não há o que apague da minha memória
Momentos de glória que a vida traz
Tenho por exemplo uma recordação
Lá do meu rincão e meus queridos pais
O balanço da corda no abacateiro
À tardinha o cheiro da flor do jasmim
E os passarinhos buscando agasalho
Adentro o galho do pé de alecrim
Somente as lembranças que hoje me fascinam
Das lindas meninas não posso esquecer
Se eu voltar um dia rever meus irmãos
Talvez poderão não me reconhecer
A simplicidade daquele povo
Quero ir de novo onde me criei
Já faz muito tempo que eu vivo ausente
E sinceramente não me acostumei
E para os amigos aqui da cidade
Com sinceridade desculpas eu peço
Pareço ouvir uma voz que me chama
Alguém que reclama meu breve regresso
A simples roseira, rosas amarelas
Perto da janela de certo secou
Sentindo a falta do mesmo carinho
Eu sinto sozinho por quem a plantou
Aquela casinha branca e modesta
Nas noites de festas de luxo e gravata
Cantando eu peço aos velhos amigos
Me contrem comigo numa serenata